Joana França | fotografia
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Agradecimento a Lelé (1932-2014)

5/21/2014

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Desde a faculdade de arquitetura tive a felicidade de visitar e de fotografar várias obras de Lelé. Por conta do trabalho de fotógrafa de arquitetura descobri obras de todos os portes e usos em Brasília e em outras cidades do DF. Lelé deixa para o Brasil uma obra de qualidade consistente e invejável. Como agradecimento compartilho aqui imagens da produção desse grande arquiteto. As imagens que fizemos juntos.


Lelé é uma Escola
Texto de Thiago Teixeira de Andrade, Presidente do IAB-DF

João Filgueiras Lima, nosso querido Lelé, conjugou características incomuns na prática profissional, sintetizando em espaço artístico a responsabilidade técnica e social, a indissociabilidade entre concepção e construção, apontando para um futuro possível de autonomia, simplicidade e avanço tecnológico.

Preferia, quando jovem, as artes, as coisas “mais amenas”. A partir da habilidade e interesse pelo desenho, torna-se “por uma série de acasos” arquiteto. Outro acaso o traz à Brasília e o joga, inexperiente, num canteiro de obras isolado e inóspito, onde a sociabilidade e o companheirismo têm que ser inventados da noite para o dia.

Fruto de sua conhecida afabilidade e humildade usa a música, que servira de sustento anos antes, como acalento das noites solitárias e longe do Rio de Janeiro, e vai conquistando a todos com sua verve artística, mas principalmente pela competência, correção e afinco.

Não tarda em se tornar indispensável à construção de Brasília, à Universidade e aos diversos chamados para espaços de responsabilidade coletiva, como o Centro Administrativo da Bahia. Lembrava-se, com serenidade e espanto, do dia em que Juscelino Kubitschek aparece na obra de casas geminadas nas quadras 700, então sob sua responsabilidade, querendo “conhecer o arquiteto que está construindo uma casa de cima para baixo.” Devido ao mal tempo e ao prazo exíguo, ele primeiro havia coberto a obra com estrutura leve, que seria posteriormente incorporada às paredes geminadas.

E assim seguiu, das obras pré-moldadas da UnB até se tornar o grande mestre brasileiro da construção industrializada. Primeiro com as fábricas de argamassa armada em Salvador e Brasília, depois com o belíssimo trabalho do Centro de Tecnologia da Rede Sarah.

Os hospitais da Rede Sarah são faces do Brasil das quais nos orgulhamos. A beleza, a dignidade e o amplo aspecto de soluções integradas, a humanização dos espaços sem concessões ao luxo, torna-os por isso mesmo, objetos ímpares e um necessário estudo de caso para hospitais do mundo inteiro.

Deixa a profissão órfã, mas não de luto, pois aponta para um horizonte aberto cheio de possíveis caminhos a trilhar.

Envolveu-se pouco com o ensino acadêmico. Mas não importou muito, Lelé é uma Escola."
1 Comment
Mary link
12/23/2020 06:48:48 am

Hi thanks for sharing this

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